Crime e Castigo
Mais uma vez o mestre Hasashi se deparou com uma aprendiz que o provocava durante seus ensinamentos, e o pior, também atrapalhando o andamento das aulas de defesa pessoal. Parecia que ela fazia de propósito porque sabia que ele as vezes se tornava severo e intolerante.
Toda vez que isso acontecia, ele sempre a arrastava pelo braço, com violência em direção a sua sala.
Depois que ela voltava, todos queriam saber tudo... a força da pegada... o cheiro... a textura da roupa... se ela sentia algum volume pela calça... se o Mestre gritava com ela em sua sala.
E ela apenas colocava fogo nas fantasias das pobres meninas exibindo as marcas roxas dos dedos dele no seu braço delicado.
Ela gostava daquilo. O efeito que causava naquele homem maduro, experiente.
Ela sempre se sentia compelida a transgredir para provocar reações no Mestre Hanzo Hasashi.
Tudo começou com punições e castigos diversos.
Primeiro com privação da liberdade.
Hasashi começou a perceber que os castigos não surtiam efeito.
Ela gostava daquilo tudo, mas não tinha nem idéia de com o que estava brincando.
Ainda naquele dia ela aprontou outra, provocou uma briga por um motivo qualquer com outra garota do templo e de novo foi parar na sala do Mestre Hasashi.
E a noite, mais assunto para provocar as outras alunas.
Então o Mestre foi enfurecendo. Ele sabia que ela gostava de provocá-lo, de desafiá-lo.
As atitudes dela faziam ele quase perder o controle. Ele não iria permitir que isso acontecesse mais.
Mestre Hasashi agiu com total indiferença com relação a ela e então o dia passou.
No fim da tarde uma surpresa. Quando ela voltou da aula de defesa pessoal, recebeu o recado de que deveria ir até a sala do shirai ryu.
Ela foi imediatamente. O coração pulsando acelerado. Será que ela iria ter a atenção dele? Será que seria castigada?
Ela parou na porta, seu coração estava quase saindo pela boca. Mas ela respirou fundo e se preparou para ele.
Ela bateu e ele demorou para abrir.
Ela bateu de novo e ele se encaminhou para a porta.
Hanzo abriu a porta, ela entrou, ele trancou a fechadura. Deu as costas para ela e se encaminha para a mesa. Ela o seguiu. Ele se virou e senta no tampo da mesa. Ela parou. Estaba em pé no meio da sala. Ele nunca a tinha olhado daquela maneira. Ela se sentiu nua, desprotegida. O olhar dele era um misto de severidade e reprovação. Um olhar de predador que ela nunca tinha visto antes.
Então o mestre se transformou. A pegou pelos cabelos e prendeu seus braços para trás. Com um braço passado abaixo dos seios ele a imobilizou e com a outra mão ele tampou sua boca apontando a cabeça dela em direção a parede. Ela estava literalmente suspensa. Seus pés não tocavam mais o chão.
Com a violência do puxão os botões da blusa se romperam, deixando amostra os seios ainda encobertos pelo sutiã comportado.
Ele falou baixinho, bem dentro dos ouvidos, de como estava decepcionado. A jogou contra a parede e disparou uma bofetada no rosto daquela perdida.
Ela se desequilibrou e caiu. Ele observou aquele corpo esparramado no chão... E então ela chorou.
A partir daquele dia ele jurou que iria colocá-la na linha... que iria ensiná-la a ter respeito.
A primeira lição começa ali mesmo.
Ele a levantou pelos cabelos, amarrou os pulsos nas costas com a corrente.
Ele a levou a parede segurando-a fortemente pelo queixo com a mão esquerda.
Aquele homem forte, imenso, bruto, quase a tirou do chão, ela ficou na ponta dos pés.
Com a mão direita ele rasgou o sutiã e a saia. Enfiou um lenço na boca e amarra com um pedaço de corda.
Ela só de calcinha foi levada pelo quarto dele em direção a cama.
Ele sentou e a colocou deitada no colo...
Entao o Mestre Hasashi trançou seu braço esquerdo nos braços presos às costas dela.
Com a perna direita ele prendeu a perna direita dela, o que a fez ficar escancarada para ele.
Ali ela recebeu a primeira de muitas punições que viriam.
Ele bateu naquela bundinha arrebitada, totalmente desprotegida. Bateu muito. Agora ela não sorria. Trincou os dentes sobre a mordaça, para agüentar aquela punição que agora era realmente merecida.
Ela apanhou muito. Não adiantou gemer nem se contorcer. Apanhava mais e mais. Aquela dor, mais o confinamento, mais a textura da calça dele roçando em seu torso nu, a conduziu numa viagem de sensações que nunca tinha sentido antes.
Ele sentaounuma cadeira em frente a parede, amarrando os tornozelos as pernas da cadeira. Ele amarrou seus cabelos no encosto da cadeira forçando que ela olhasse para frente.
Ele voltou para sua mesa para ler alguns documentos do templo e a deixou ali.
Ela estava seminua, exposta, vulnerável, dolorida, inebriada pelo coquetel de sensações extremas a que foi submetida, obrigada a olhar para o nada, seus pensamentos estavam confusos. Aquele silêncio que doia mais que tudo. Ela ouvia o som da caneta fazendo anotações e a respiração dele.
Ele lia as os papeis e a observava. Se sentia pleno, pois a tinha onde queria.
Ela se contorceu de dor, mas se sentiu vitoriosa, afinal, era aquilo o que ela sempre desejou.
Ser o objeto de prazer daquele homem.
Adaptado por Bárbara Duarte
